A solene proclamação da
Kalenda ou Calendas do Natal é um rito que foi incorporado à Santa Missa da
Noite do Natal celebrada no Vaticano pelo Santo Padre, o Papa. O texto em latim é
encontrado no Martyrologium Romanum e a sua leitura é prevista para o dia 24 de
dezembro.
No Vaticano durante o
pontificado do Papa João Paulo II, o canto da Kalenda era cantado em
substituição ao Ato Penitencial. Atualmente, durante o pontificado do Papa Bento XVI o canto é
cantado no final do Ofício das Leituras que é rezado como preparação para a
Santa Missa da Noite do Natal; após o canto da Kalenda inicia-se a procissão de
entrada.
O Diretório Litúrgico
da CNBB 2012 (página 39) traz a seguinte recomendação: “Anúncio natalino: a ser
proclamado na primeira missa (da noite de Natal) após o sinal da cruz e a
saudação presidencial, antes da entoação do Glória”.
Uma das
particularidades do canto da Kalenda e também de todo o Martirológico é fazer
uso (ainda que facultativo – segundo Instrução Geral do Martyrologium Romanum)
do Calendário Lunar para anunciar os dias. A importância do cálculo do dia
lunar resulta evidentemente de se considerar que a suprema solenidade da
Páscoa, junto com o tempo da Quaresma, que a precede, e do tempo Pascal, que a
segue, depende da primeira lua cheia da primavera (no hemisfério norte). Desse
modo, a “lua” para o dia de Natal muda a cada ano, segundo a “letra” correspondente
ao “número” com o qual se indica cada um dos “ciclos” lunares de uma tabela
pré-estabelecida segundo o Martyrologium. Mesmo que o anúncio da lua seja
facultativo, segue uma tabela até 2020:
Ano Lua
2012 Décima primeira
2013 Vigésima segunda
2014 Quarta
2015 Décima quinta
2016 Vigésima sexta
2017 Sétima
2018 Décima oitava
2019 Vigésima nona
2020 Décima
Kalenda ou Anúncio
Natalino
Oitavo dia antes das
Kalendas de Janeiro. Lua Quarta
Ou Lua... (conforme o
ciclo lunar)
Transcorridos muitos
séculos desde que Deus criou o mundo e fez o homem à sua imagem; - séculos
depois de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer o
arco-íris, sinal de aliança e de paz; - vinte e um séculos depois do nascimento
de Abraão, nosso pai; - treze séculos depois da saída de Israel do Egito sob a
guia de Moisés; - cerca de mil anos depois da unção de Davi como rei de Israel;
- na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel; - na nonagésima quarta
Olimpíada de Atenas; - no ano 752 da fundação de Roma; - no ano 538 do edito de
Ciro autorizando a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém; - no
quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto, enquanto reinava
a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo. JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO
DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por
obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses nasceu da
Virgem Mariaem Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo
a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador. Ele é Emanuel, Deus Conosco.
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