quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Kalenda de Natal

A solene proclamação da Kalenda ou Calendas do Natal é um rito que foi incorporado à Santa Missa da Noite do Natal celebrada no Vaticano pelo Santo Padre, o Papa. O texto em latim é encontrado no Martyrologium Romanum e a sua leitura é prevista para o dia 24 de dezembro.

No Vaticano durante o pontificado do Papa João Paulo II, o canto da Kalenda era cantado em substituição ao Ato Penitencial. Atualmente, durante o pontificado do Papa Bento XVI o canto é cantado no final do Ofício das Leituras que é rezado como preparação para a Santa Missa da Noite do Natal; após o canto da Kalenda inicia-se a procissão de entrada.

O Diretório Litúrgico da CNBB 2012 (página 39) traz a seguinte recomendação: “Anúncio natalino: a ser proclamado na primeira missa (da noite de Natal) após o sinal da cruz e a saudação presidencial, antes da entoação do Glória”.

Uma das particularidades do canto da Kalenda e também de todo o Martirológico é fazer uso (ainda que facultativo – segundo Instrução Geral do Martyrologium Romanum) do Calendário Lunar para anunciar os dias. A importância do cálculo do dia lunar resulta evidentemente de se considerar que a suprema solenidade da Páscoa, junto com o tempo da Quaresma, que a precede, e do tempo Pascal, que a segue, depende da primeira lua cheia da primavera (no hemisfério norte). Desse modo, a “lua” para o dia de Natal muda a cada ano, segundo a “letra” correspondente ao “número” com o qual se indica cada um dos “ciclos” lunares de uma tabela pré-estabelecida segundo o Martyrologium. Mesmo que o anúncio da lua seja facultativo, segue uma tabela até 2020:

Ano Lua
2012 Décima primeira
2013 Vigésima segunda
2014 Quarta
2015 Décima quinta
2016 Vigésima sexta
2017 Sétima
2018 Décima oitava
2019 Vigésima nona
2020 Décima

Kalenda ou Anúncio Natalino

Oitavo dia antes das Kalendas de Janeiro. Lua Quarta
Ou Lua... (conforme o ciclo lunar)


Transcorridos muitos séculos desde que Deus criou o mundo e fez o homem à sua imagem; - séculos depois de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer o arco-íris, sinal de aliança e de paz; - vinte e um séculos depois do nascimento de Abraão, nosso pai; - treze séculos depois da saída de Israel do Egito sob a guia de Moisés; - cerca de mil anos depois da unção de Davi como rei de Israel; - na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel; - na nonagésima quarta Olimpíada de Atenas; - no ano 752 da fundação de Roma; - no ano 538 do edito de Ciro autorizando a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém; - no quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto, enquanto reinava a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo. JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses nasceu da Virgem Mariaem Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador. Ele é Emanuel, Deus Conosco.

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