A invisibilidade
afeta cada vez mais pessoas de baixa renda, com pouco grau de
escolaridade. Isso se dá devido ao fato de se tratar de
profissionais que, de certa forma, são considerados de “pouca
significância”. Ledo engano. Os trabalhadores que sofrem tal tipo de
preconceito prestam, em sua maioria, serviços importantes para a
sociedade. Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, os
imigrantes têm papel importante; sem eles e sua mão de obra barata,
a economia fica prejudicada. Afinal são eles os responsáveis pelos
serviços de base. Porém, não tem valorização alguma.
Os personagens invisíveis, curiosamente são aqueles mais “visíveis”, por estarem presentes, na maioria das vezes, em serviços externos e de significativa aparição pública. Eles estão ali trabalhando ou apenas vivendo, e não importa sua ocupação, as pessoas passam por eles e não os enxergam. Estes indivíduos invisíveis trabalham como vendedores ambulantes, porteiros, motoristas de ônibus, trocadores, controladores de vôo,a aeromoças, bilheteiros, faxineiras, entre outros.
Mas por que não conseguimos enxergá-los? Segundo o psicólogo Fernando Braga da Costa, essa cegueira que atinge a humanidade pode ser encarada como um fenômeno político, mas também como um fenômeno psicológico. É um fenômeno político porque está relacionado, na maioria das vezes, com a desigualdade entre as classes sociais decorrente de um passado histórico. Contudo o que caracteriza uma sociedade invisível? Sociologicamente falando, o “não enxergar” é até contraditório com a realidade atual. As pessoas vêem, mas não enxergam. E por que isso acontece? Grande parte da população brasileira acredita que o “não enxergar” não é uma forma de preconceito, mas uma consequência do dia-a-dia corrido, da falta de comunicação, e até mesmo, do medo da violência.
Para sanar o problema da invisibilidade, seria preciso um estudo sobre a população brasileira, seus personagens, costumes e a forma como as pessoas lidam com as diferenças. Será que realmente é comum passar por uma pessoa e fingir que ela não está ali? Por que é mais fácil ignorar do que dar um simples bom dia? Essas perguntas podem ser respondidas com um embasamento sociológico. Para as ciências sociais, a invisibilidade social é caracterizada como uma cegueira proveniente das diferenças entre as classes. Alguns recusam-se a ver os outros por não acharem que eles se encaixam como seus iguais. Esta cegueira pública tem seu cunho psicológico vinculado ao fato de que as pessoas participam, pessoalmente, sem saber, da manutenção dessa cegueira na sociedade. Outras formas claras de invisibilidade social: econômica, racial, sexual, etária, entre outras
Os personagens invisíveis, curiosamente são aqueles mais “visíveis”, por estarem presentes, na maioria das vezes, em serviços externos e de significativa aparição pública. Eles estão ali trabalhando ou apenas vivendo, e não importa sua ocupação, as pessoas passam por eles e não os enxergam. Estes indivíduos invisíveis trabalham como vendedores ambulantes, porteiros, motoristas de ônibus, trocadores, controladores de vôo,a aeromoças, bilheteiros, faxineiras, entre outros.
Mas por que não conseguimos enxergá-los? Segundo o psicólogo Fernando Braga da Costa, essa cegueira que atinge a humanidade pode ser encarada como um fenômeno político, mas também como um fenômeno psicológico. É um fenômeno político porque está relacionado, na maioria das vezes, com a desigualdade entre as classes sociais decorrente de um passado histórico. Contudo o que caracteriza uma sociedade invisível? Sociologicamente falando, o “não enxergar” é até contraditório com a realidade atual. As pessoas vêem, mas não enxergam. E por que isso acontece? Grande parte da população brasileira acredita que o “não enxergar” não é uma forma de preconceito, mas uma consequência do dia-a-dia corrido, da falta de comunicação, e até mesmo, do medo da violência.
Para sanar o problema da invisibilidade, seria preciso um estudo sobre a população brasileira, seus personagens, costumes e a forma como as pessoas lidam com as diferenças. Será que realmente é comum passar por uma pessoa e fingir que ela não está ali? Por que é mais fácil ignorar do que dar um simples bom dia? Essas perguntas podem ser respondidas com um embasamento sociológico. Para as ciências sociais, a invisibilidade social é caracterizada como uma cegueira proveniente das diferenças entre as classes. Alguns recusam-se a ver os outros por não acharem que eles se encaixam como seus iguais. Esta cegueira pública tem seu cunho psicológico vinculado ao fato de que as pessoas participam, pessoalmente, sem saber, da manutenção dessa cegueira na sociedade. Outras formas claras de invisibilidade social: econômica, racial, sexual, etária, entre outras
Porém, não é
apenas a partir das pessoas que essa cegueira se manifesta. Um
exemplo é o IBGE, que ao descartar os moradores de rua de seu Censo
Populacional, colabora para tornar essa parcela da população ainda
mais invisível. Assim, o governo fica impossibilitado de fazer
movimentos sociais nesta área.
No livro
Homens Invisíveis: relatos de uma humilhação social o psicólogo
Fernando Braga da Costa ressalta que o objetivo da espécie humana é
aparecer e ser notado. Ser valorizado, de alguma forma, é parte
integrante da passagem ela vida. É importante para o ser humano ser
alguém, ter valor e ser notado por esse valor. É importante ter
algum papel social relevante perante a sociedade. E, quando uma
pessoa não é notada e não tem valor algum adquirido, ela se torna
invisível e as conseqüências disso, na vida do indivíduo, são
extremamente complicadas, indo da depressão ao suicídio.
O sistema
capitalista é um dos maiores causadores desse fenômeno de
invisibilidade e cegueira pública, pois as grandes diferenças entre
classes sociais são o cenário mais comum de discriminação e
humilhação. O antropólogo Luiz Eduardo Soares fala, no livro
Cabeça de Porco, que a questão da invisibilidade é bem mais
complexa do que parece ser. Segundo ele, “os indivíduos não são
donos do próprio nariz, por motivos culturais e até mesmo
psicológicos”. Sendo assim, a discriminação é cometida devido à
influência do meio em que se vive, e das experiências históricas.
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