Aproveitamos a ocasião
para repercorrer algumas reflexões de Bento XVI sobre Nossa Senhora das Dores.
Aos pés da Cruz, diante
de Jesus, Maria une a sua dor à de seu Filho e nos mostra que o amor de Deus é
mais forte do que a morte. A sua dor é uma "dor cheia de fé e de
amor" – ressalta Bento XVI:
"A Virgem no
Calvário participa da potência salvífica da dor de Cristo, unindo o seu
"fiat", o seu "sim", ao do Filho." (Angelus de 17 de
setembro de 2006)
Diante do sofrimento do
Filho, Maria confia em Deus. Sabe que na Cruz Jesus derramou todo o seu sangue
para libertar a humanidade da escravidão do pecado:
"A Virgem Maria,
que acreditou na Palavra do Senhor, não perdeu a sua fé em Deus quando viu o
seu Filho rejeitado, ultrajado e colocado na Cruz. Permaneceu diante d'Ele,
sofrendo e rezando, até o fim. E viu o alvorecer radioso da sua
Ressurreição." (Angelus de 13 de setembro de 2009)
Maria nos ensina que
"quanto mais o homem se aproxima de Deus, mais se aproxima dos
homens" – observa o pontífice. O fato de Maria, na hora da Cruz, ter
permanecido "totalmente junto a Deus, é a razão pela qual se faz também
tão próxima dos homens":
Por isso pode ser a Mãe
de toda consolação e de toda ajuda, uma Mãe à qual em qualquer necessidade
qualquer um pode dirigir-se em sua fraqueza e em seu pecado, porque ela acolhe
todos e para todos é força aberta da bondade criativa." (Santa Missa de 8
de dezembro de 2005)
O Santo Padre
convida-nos a contemplarmos Maria, aos pés da Cruz, "associada intimamente
à missão de Cristo e co-participante da obra de salvação com a sua dor de
Mãe":
"No Calvário Jesus
a doou a nós como mãe e confiou-nos a ela como filhos. Que Nossa Senhora das
Dores nos conceda o dom de seguir o seu Filho divino crucificado, e abraçar com
serenidade as dificuldades e as provações da existência humana." (Discurso
às monjas clarissas, 15 de setembro de 2007) (RL)
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