sexta-feira, 29 de agosto de 2014

COMO É A IGREJA ORTODOXA

Oficialmente, adotam o nome de Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, também chamada de grega cismática em oposição à Igreja Latina, de Roma. Para os ortodoxos foi a Igreja de Roma que rompeu com a tradição apostólica e por isso se consideram os únicos depositários da doutrina apostólica e representante da fé cristã no Oriente. Aceitam a Bíblia, e a Sagrada Tradição, como os católicos, e a sua doutrina se baseia na Sagrada Escritura, nos sete primeiros concílios ecumênicos e nas obras dos Santos Padres. Conservam os sete sacramentos deixados por Cristo e a missa sempre solene é pouco freqüente. Não usam instrumentos, inclusive o órgão, cabendo ao coral importante papel nos trabalhos litúrgicos. Não aceitam o purgatório, o primado do papa e a sua infalibilidade. Para eles o Espírito Santo procede somente do pai e não do filho. Negam o dogma da Imaculada Conceição mas têm uma excepcional veneração por Nossa Senhora e celebram a sua Assunção ao céu. É proibido o uso de imagens esculpidas mas permite-se as imagens pintadas. Veneram os santos a admitem ícones (imagens) representando Cristo, a Virgem Maria ou outro santo destacado. A liturgia é centro da vida ortodoxa, tanto para a expressão da fé como para a educação dos fiéis. Assim como na Igreja Romana, os graus da ordem são três:  diáconos, padres e bispos. A autoridade suprema regional é o Santo Sínodo Tópico formado pelos metropolitas (chefes das arquidioceses). O Patriarca Ecumênico de Constantinopla recebe o título de sua Santidade enquanto os demais patriarcas, os de sua Beatitude. Bispos, arcebispos, metropolitas e patriarcas são iguais na sucessão. Os padres podem se casar mas os bispos são escolhidos entre os solteiros.

Embora o cisma ocorresse em 858, a separação definitiva só se deu em 1054. Várias tentativas de reaproximação foram feitas posteriormente (a maior com o papa Eugênio IV, no Concílio de Florença, Século XIII) mas todas fracassaram. Mais tarde, com a queda de Constantinopla no ano de 1453, tomada pelos turcos muçulmanos, o Império Romano do Oriente (Bizâncio) deixou de existir. O Ocidente foi acusado de não socorrer seus irmãos do Oriente na luta contra os turcos e portanto a união ficou mais inviável ainda.


A igreja Ortodoxa se espalhou pelo Oriente, se fixou na Grécia, Bálcãs (Romênia, Bulgária, Iugoslávia... ) na Rússia e Finlândia entre outros países. Teve um papel importante na Rússia, durante o regime imperial, até 1917. Hoje os principais patriarcados são os de Istambul (antiga Constantinopla) na Turquia, Alexandria (Egito), Jerusalém, e Antioquia (na Síria). Os ortodoxos espalharam sua fé até lugares distantes como Austrália, Japão, Estados Unidos e no Brasil, onde se encontram mais na região sul do país.

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