Oficialmente, adotam o nome de
Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, também chamada de grega cismática em
oposição à Igreja Latina, de Roma. Para os ortodoxos foi a Igreja de Roma que
rompeu com a tradição apostólica e por isso se consideram os únicos
depositários da doutrina apostólica e representante da fé cristã no Oriente.
Aceitam a Bíblia, e a Sagrada Tradição, como os católicos, e a sua doutrina se
baseia na Sagrada Escritura, nos sete primeiros concílios ecumênicos e nas
obras dos Santos Padres. Conservam os sete sacramentos deixados por Cristo e a
missa sempre solene é pouco freqüente. Não usam instrumentos, inclusive o
órgão, cabendo ao coral importante papel nos trabalhos litúrgicos. Não aceitam
o purgatório, o primado do papa e a sua infalibilidade. Para eles o Espírito
Santo procede somente do pai e não do filho. Negam o dogma da Imaculada
Conceição mas têm uma excepcional veneração por Nossa Senhora e celebram a sua
Assunção ao céu. É proibido o uso de imagens esculpidas mas permite-se as
imagens pintadas. Veneram os santos a admitem ícones (imagens) representando
Cristo, a Virgem Maria ou outro santo destacado. A liturgia é centro da vida
ortodoxa, tanto para a expressão da fé como para a educação dos fiéis. Assim
como na Igreja Romana, os graus da ordem são três: diáconos, padres e bispos. A autoridade
suprema regional é o Santo Sínodo Tópico formado pelos metropolitas (chefes das
arquidioceses). O Patriarca Ecumênico de Constantinopla recebe o título de sua
Santidade enquanto os demais patriarcas, os de sua Beatitude. Bispos,
arcebispos, metropolitas e patriarcas são iguais na sucessão. Os padres podem
se casar mas os bispos são escolhidos entre os solteiros.
Embora o cisma ocorresse em 858,
a separação definitiva só se deu em 1054. Várias tentativas de reaproximação
foram feitas posteriormente (a maior com o papa Eugênio IV, no Concílio de
Florença, Século XIII) mas todas fracassaram. Mais tarde, com a queda de
Constantinopla no ano de 1453, tomada pelos turcos muçulmanos, o Império Romano
do Oriente (Bizâncio) deixou de existir. O Ocidente foi acusado de não socorrer
seus irmãos do Oriente na luta contra os turcos e portanto a união ficou mais
inviável ainda.
A igreja Ortodoxa se espalhou
pelo Oriente, se fixou na Grécia, Bálcãs (Romênia, Bulgária, Iugoslávia... ) na
Rússia e Finlândia entre outros países. Teve um papel importante na Rússia,
durante o regime imperial, até 1917. Hoje os principais patriarcados são os de
Istambul (antiga Constantinopla) na Turquia, Alexandria (Egito), Jerusalém, e
Antioquia (na Síria). Os ortodoxos espalharam sua fé até lugares distantes como
Austrália, Japão, Estados Unidos e no Brasil, onde se encontram mais na região
sul do país.
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