Cristo é o sacramento primordial, o sinal de Deus por excelência. Aquele sobre quem está estabelecida toda a realidade da salvação, o único nome debaixo do céu pelo qual podemos ser salvos. Sua vida é a própria manifestação do amor de Deus pela humanidade. Ao encarnar-se, o Filho de Deus tornou-se homem como nós e no encontro com ele temos um encontro com Deus vivo, pois aquele homem é, pessoalmente, o Filho de Deus, o sacramento revelador do Pai no meio da humanidade. Mas esta afirmação nos coloca diante de um problema: como podemos encontrar o Senhor glorificado se após a sua ressurreição e glorificação ele desapareceu de nosso horizonte visível? Porventura a salvação teria cessado com o retorno de Cristo para junto do Pai? Se não, como continua a realizá-la? Após sua ressurreição e ascensão, Cristo torna sua presença ativa de graça visível e palpável entre nós, não diretamente por sua corporeidade, mas prolongando, por assim dizer, sua corporeidade celeste sobre a terra, em formas de manifestações visíveis, que exercem entre nós a ação de seu corpo celeste. São precisamente os sacramentos o prolongamento terrestre do corpo do Senhor. E concretamente a Igreja. Assim como Cristo é o sacramento do Pai, a Igreja é o sacramento de Cristo.
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